sexta-feira, 27 de julho de 2012

Crime na escuridão.







Foto Google.









Uma noite chuvosa com raios e trovões na cidade de pedra. A presença de minerais faz com que os raios sejam intensos. Coisa de dar medo com a sequencia de trovoadas vibrando as janelas das casas. Rua deserta com enxurrada parecendo rio. Por um momento a cidade ficou numa escuridão, após um raio riscar o céu descendo á terra. Com o apagão os sons da natureza se fizeram perceptíveis. Ouvia-se com nitidez o som das águas sobre objetos no quintal. Em meio à fúria da natureza, ouviu-se um grito vindo do fim da rua. Naturalmente devia ser alguém a correr e procurando se esconder da chuva, que não cessava. 

Finda a chuva e retorno da energia elétrica, a vizinhança logo procurou empurrar as águas, que acumularam nos alpendres das casas, que eram curtos e com parapeitos, onde as crianças e mesmo adultos gostavam de sentar para conversar. Neste instante alguém gritou, sobre a presença de um morto próximo à garagem da ultima casa. Foi correria geral, mas não gente conhecida. O sangue e água se misturavam, pela calçada. Uma vizinha cobriu o corpo com um lençol. Podia se ver perfurações de balas de arma de fogo. Todos estranharam não ouvir o tiroteio, pois se notava pelo sangue, que era coisa bem recente.

Junto ao cadáver, uma tampa das baterias de controle remoto e duas baterias pequenas, além das capsulas de calibre 32 foi, que foram recolhidas pela policia técnica. Os moradores em depoimentos negaram ouvir sons de arma de fogo alegando a ocorrência de fortes trovões naquela noite e a falta de energia. 

Pelas perfurações excluía a hipótese de queima de arquivo com execução, pois as balas atingidas ao corpo, não foram direcionadas à cabeça. Não poderia ser assalto, pois a pericia encontrou relógio no pulso e carteira com algum dinheiro e um celular no bolso do defunto. Então diante das evidencias, direciona-se a investigação para roubo, perseguição e morte do ladrão. A polícia com as evidencias e material colhido, estava convicta, que o criminoso era da rua, vitima de assalto à residência durante o apagão, viu o assaltante e o perseguiu, recuperando algum aparelho, mas ficando para trás o controle remoto. 

Sigilosamente a policia conseguiu o mandato de busca nas casas próximas. Assim nas incursões em uma delas observou  que o aparelho de DVD estava com o controle remoto sem tampa e sem baterias. Diante da coincidência, fizeram uma busca no quintal daquela casa e encontrou no meio da bananeira, o revolver calibre 32 com três balas deflagradas.

Toninho.
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Um belo fim de semana a todos os amigos e leitores.
Exercicio: criar um conto policial (criminoso, acontecido e causas) 
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Grato sempe Sueli por estimular a criação.


9 comentários:

  1. Belíssimo como sempre Toninho!

    Carina.

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    1. Oi Carina grato sempre amiga pelas leituras e comentarios.Estamos lhe aguardando.Um carinhoso abraço.

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  2. Fiquei curiosa...quero saber mais!! Adoro esses contos, Toninho!!

    Tenha um fim de semana iluminado!!
    Beijos!♥

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    1. Grato Mari, aguarde e teremos uma continuação,rsrs.Meu abraço de paz e luz.Bjo.

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  3. Nossa!!! Li com uma velocidade incrível arrepiando-me em alguns trechos,(reli). Intrigante, trama tão bem articulada.... belíssimo!,

    grata amigo

    forte abraço

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  4. bem legal seu conto, poeta, tem até suspense, rsrs bjuuu

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    1. Grato Luna,vindo de voce é sempre um estimulo a mais.Meu terno abraço.Bjo.

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  5. Obrigada pela visita no meu espaço, lindas palavras...obrigada.
    ah!! quero saber o resto
    abç

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