domingo, 27 de janeiro de 2013

A bela Aramis

Pense numa mulher linda, destas que são folheadas em revistas para o publico masculino após passar por programa de melhorias de fotos. Assim era Aramis, mulher de formas suaves e equilibradas. Mulher de parar o trânsito ao deslizar pelas ruas da cidade. Uma beleza natural cor de Jambo maduro, beleza e perfume, que inspirava tentadores desejos. Nada vinha de recursos das habilidades de um Ivo Pitangui. Suas curvas de sincronismos por todo corpo, como nos famosos traços curvos inspiradores de uma obra do Niemayer. Era a musa de escritores e pintores, a se inspirarem em belas telas e versos sensuais, na eloquência dos grandes oradores.

O rosto de Aramis carregava uma ternura incomparável, seus olhos enegrecidos tinham o brilho da Estrela Dalva nas noites de cidadezinha do interior. Olhar seus olhos lembrava a jabuticaba madura com seu brilho polido. A boca milimetricamente desenhada de lábios finos, lisos que ela sempre trazia sob uma camada fina de um batom vermelho.

Quando sorria os lábios se abriam suavemente como em câmera lenta e cobria-se de encanto ao mostrar a brancura de seus dentes, alinhados e nivelados como numa arte da edificação por mãos de especialistas. Havia sim uma leveza naquele sorriso.

Seus cabelos negros e sedosos debruçados sobre os ombros desnudos criavam uma sensação tentadora de toque com movimentos de balanços sincronizados como as ondas naquele sobe e desce suave de um mar calmo. Aramis era o símbolo do desejo de amar, que nesta cidade viveu para atormentar as mentes masculinas e matar de inveja todas as mulheres da cidade.

Toninho.
26/01/2013.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Sole...

Quando aquela menina nasceu, logo os pais perceberam que seria um ser único...e que isso seria solitário, então lhe deram o nome de Soledad... solidão.
Sole cresceu, cabelos vermelhos, pele rosada, leves sardas no rosto bem cuidado, um verdadeiro por-do sol...
Os cabelos pareciam aquele alaranjado que vemos quando o astro rei se põe, imponente, forte, o rosado da pele aparecia aquelas manchas que ficam no céu, nos dizendo que a noite será fresca e perfeita, já as sardas...pequenos raios de luz, por detrás das montanhas, anunciando que ali há segredos para poucos descobrirem!
Assim era Sole, como era chamada pela família, única, sozinha...
Até que apareceu Vinícios, que era a noite viva...cabelos e olhos negros, ar soturno, mas de um coração enorme, também único, cheio de mistérios, como a noite...
Uniram-se e desse por-do-sol unido com a noite resultou, Lúcia, o dia claro e feliz, com seus cabelos louros e pele alva...olhos cor do céu, sorriso aberto, enfim, um dia de primavera, a noite havia finalmente transformado-se em dia, feliz, claro e cheio de esperanças...a solidão e a noite terminaram e a luz venceu!

Carina.

sábado, 12 de janeiro de 2013

O ATO DE ESCREVER

Elaborar um texto descritivo é, como você sabe, apresentar um ser, um   objeto,   um recorte da realidade a partir de um determinado ponto de vista, ou seja, o objeto da descrição deve ser observado a partir de uma determinada posição física. O ponto de vista é fundamental para a organização do texto descritivo, já que as diversas partes do objeto devem ser expostas e relacionadas a fim de formar um  conjunto   que o leitor seja capaz de entender. Mas apenas a descrição   técnica  busca uma   objetividade   absoluta —e, mesmo nesse caso, é  praticamente  impossível  anular totalmente a  interferência   do produtor do texto.  Portanto,  use  e “abuse” da “sua poesia”  do “seu estilo pessoal” , da sua habilidade linguística.

Quintana, Mário. A preguiça como método de trabalho. Rio de Janeiro, Globo, 1987.p.93-4.

O retrato de Eurídice
Não sei por que há de a gente desenhar objetivamente as coisas: o galho daquela árvore exatamente na sua inclinação de 47 graus, o casaco daquele homem justamente com as ruguinhas que no momento apresenta, e o próprio retratado com todos os seus pés-de-galinha minuciosamente contadinhos... Para isso já existe a fotografia, com a qual jamais poderemos competir em matéria de objetividade.Se tivesse o dom da pintura, eu seria um pintor lírico. Quero dizer, o modelo serviria tão só de ponto de partida. E se me dispusesse a pintar Eurídice, talvez viesse a surgir na tela um hastil, o arco tendido da lua, um antílope, uma flâmula ao vento, ou uma forma abstrata qualquer, injustificável a não ser pelo seu harmonioso ímpeto e, câmara lenta, pela graça da linha curva em movimento, porque Eurídice afinal é tudo isso... É tudo isso e outras coisas que só os anjos e os demônios saberão.


A proposta descritiva de Mário Quintana nos proporciona possibilidades sensoriais e imaginativas muito grandes. Observe que o poeta se propõe a utilizar imagens que não têm nenhuma relação direta com o objeto retratado, criando um processo de grande intensidade poética.


DATA DA POSTAGEM- 28/01/2013

PROPOSTAS

Com base no mesmo procedimento da proposta descritiva de Mário Quintana, que imagens você utilizaria para descrever:
   
1-Uma mulher de formas suaves e equilibradas.
Ou pode optar
2-Um homem de estrutura física bem proporcionada.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Mindim_Feliz Ano Novo

















Feliz Ano Novo.

Feliz
Ano
Novo

Pleno
De paz
De Luz

Que
Venha
O Novo

Onde
Cada
Sonho,

Com
Toda
Força,

Seja
Sempre
Real.

Toninho.

Meu desejo aos participantes deste belo espaço sejam escritores e ou leitores.
Em especial a voce Sueli, que abriu o espaço para todos nós.
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Estrutura de texto de nome Mindim( tres versos com palavras de no maximo duas silabas a coleção deles chamamos de  Cadeia de Mindins) criado pela poetisa Luna Di Primo.