domingo, 29 de dezembro de 2013

Um coração cheio de desejo,2014

Em 2014 desejo:
A todos: leitores, escritores,visitantes... um ótimo Ano Novo. Que em 2014 possamos com força, com garra, com coragem realizar nossos sonhos... inclusive aqueles que achamos impossível. Sintam-se abraçados.

Um abraço "mega" especial : Toninhobira e Carina Cardoso que, proporcionaram momentos de grande emoção com seu belos escritos. gratíssima, meus queridos. sueliaduan.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

MEU BLOG É NEUTRO EM CO2


Você sabia que um blog produz quase 3,6kg de dióxido de carbono. Essa semana recebi um e-mail falando um pouquinho sobre o Gesto Verde, uma campanha sem fins lucrativos, que visa promover a sustentabilidade através do meio digital. Eles me convidaram para participar desta campanha e eu aceitei porque é um gesto tão simples que faz a diferença para todos nós. Essa campanha se baseia nos estudos realizado pelo ambientalista e físico da Harvard University, Dr. Alexander Wissner-Gross.
 
Para participar são apenas dois passos simples:
 
1-Escrever um pequeno post no seu blog sobre o tema "Meu blog é neutro em carbono" e inserir e inserir uma chamada no final para outras pessoas participarem.
 
2- Enviar um e-mail para CO2neutro@guiato.com.br

                                                       
Meu blog é neutro SÓ em carbono, porque com a VIDA ele é totalmente engajado. sueliaduan.

 
 


terça-feira, 11 de junho de 2013

Alternativa

Flora nasceu em uma sociedade alternativa, onde tudo era plantado, produzido e manufaturado.
Não conhecia o mundo moderno, cheio de máquinas, consumo e todas as coisas que uma jovem de 16 anos conhece normalmente.
Era uma bela menina, com cabelos negros longos, chegando à cintura, tinha lá a sua vaidade, dentro do que conhecia como moda e cosméticos, afinal só usava roupas produzidas no local, e usava produtos feitos a partir de materiais também disponíveis no local, poucas coisas vinham de fora.
Fora educada para uma vida sem muitas regras com horários, o trabalho era feito mas sem pressão, todos conviviam na mais harmoniosa paz, todavia houvesse alguns desentendimentos, era prontamente intermediados pelos Ansiães que eram os homens mais velhos do local.
Seus pais tinham uma certa autoridade, chegaram pouco antes de ela nascer, vieram por vontade própria e amavam aquela vida tranquila e longe da cidade.
Quando um dia não foi a surpresa da garota quando seu pai disse que ela deveria conhecer a cidade, que não era certo mantê-la ali sendo que ela nunca conheceu outra vida, outras pessoas, ficaria na casa de uma grande amiga na cidade.
Era um homem sábio, dono de uma voz baixa mais de uma força que poucos conseguem, o que ele dizia era aceito sem questionamentos, não por submissão, mas por saberem que no final ele estaria certo no que dizia.
Então lá se foi Flora estudar em uma escola na cidade mais próxima.
No início ficou bem assustada, todas aquelas pessoas indo e vindo com tanta pressa, falando ao telefone celular, barulhos de todos os tipos, cheiros de comida dos restaurantes misturados aos cheiros de perfumes das lojas de cosméticos...
Com o passar do tempo passou a se acostumar, mesmo sendo motivo de riso às vezes devido às suas vestes que eram estranhas ao colegas de sala.
Mas como ainda era muito jovem e pouco conhecia da vida, foi se adaptando cada vez mais aos costumes cosmopolitas, passou a usar roupas mais elaboradas, maquiagem, arrumou mais os cabelos, chegando mesmo a pintá-los.
Ficava pensando se conseguiria voltar a morar com os pais depois de terminados os estudos.
Quando chegou o dia de voltar para a casa, alguns anos depois, Flora ao ver o sorriso dos pais, decidiu que por mais que lhe fosse complicado, viveria com eles, mas em seu coração sempre seria uma moça da cidade, gostando de roupas bonitas, tecnologia, entre outras coisas, e prometeu-se que jamais mostraria sua tristeza de voltar para os pais, manteria sempre o sorriso e encontraria felicidade nas coisas simples como fora educada para encontrar.

Carina.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Da janela lateral.

Na Fazenda Boa Esperança morava Venâncio um exímio vaqueiro. Era um mulato de alto que veio do Vale do Jequitinhonha para a lida com o gado. Tinha um olhar adormecido de quem guardava alguma tristeza, contraste com o farto sorriso, que sempre trazia no rosto. Nada se sabia de sua vida, além da sua habilidade junto aos animais, que devotavam obediência aos assovios do Venâncio. O homem de mãos rudes acariciava a terra próxima do curral, onde cuidava da pequena horta onde colhia algumas hortaliças. Às vezes era possível ouvir sua voz em canto triste vindo da casa dos vaqueiros, quando a noite baixava sobre a fazenda.

Da janela lateral da casa sempre pela manhã era possível ver a figura de Verônica, uma linda moça nos seus 18 anos de sonhos e fantasias.  Tinha por charme carregar uma flor presa aos cabelos castanhos que desciam sobre os ombros. Tinha um sorriso constante e contagiante como se a vida toda fosse festa e alegria. Cantarolava pelo dia como uma cigarra com suas musicas apaixonadas. Estar na janela pela manhã, era um ritual desta moça, como um encontro marcado. Ali ficava com seu olhar lançado no campo à sua frente. Às vezes furtivamente seu olhar passeava por onde se encontrava Venâncio, parecia que ela se encantava com a presença daquele homem cuidando da horta com tanto carinho e leveza de quem acaricia os cabelos de uma mulher amada. Havia uma ternura neste olhar, mas que logo se perdia no campo.

Certo dia a mãe de Veronica entrou silenciosamente pelo quarto e percebeu uma lagrima no olho da filha, que tentou ocultar com um leve passar de mãos pelo rosto e esboçou uma desculpa para a mãe. Saíram do quarto em silencio. Desconfiada a mãe vigiava movimentos da filha. Não imaginava o que poderia fazê-la chorar, uma vez que sempre se mostrara alegre e cantante, mesmo sem ter um namorado, que era comum na sua idade. Certo é que ela vivia sem traumas ou frustrações, mas agora sabia do seu coração triste. Isto a incomodava, com seu coração de mãe zelosa. 

Numa manhã a mãe se dirigiu ate a horta, para pedir a Venâncio algumas cebolinhas e salsas para usar no almoço. Olhou para a janela lateral da casa onde ficava o quarto da filha e percebeu que ela não estava aberta. Gritou por Venâncio e não o encontrou por perto. Colheu as hortaliças e voltou para casa. Curiosa gritou pela filha e sem resposta foi ao quarto e percebeu a ausência da filha, as portas do guarda roupas abertas. Sentiu um frio cobrir-lhe o corpo e nervosa saiu pela casa. Voltou à casa do vaqueiro e lá entendeu o que tinha acontecido. A filha tinha fugido com aquele vaqueiro por certo o amava escondido por medo dos pais não aprovarem o relacionamento. Em desespero saiu pela estrada que ligava a cidadezinha, quando foi amparada por uma vizinha que a conduziu de volta para casa, enquanto outro vaqueiro galopou para a cidade para encontrar seu marido que estaria no armazém da família. Agora a mãe debruça sobre a janela lateral e seu olhar se perde na estrada.

Toninho

quarta-feira, 22 de maio de 2013

LINGUAGEM- MÁSCARAS DO SER



As ideias não brotam do nada, elas fazem parte integrante da história do homem, de sua evolução, de suas conquista, de seus erros e acertos.

Um texto traduz a visão de mundo de quem o produziu, mas também traduz cisões de mundo de outros textos, da cultura em que está/estão inserido(s), da história da humanidade a que todos pertencemos. Sempre há um texto dentro de outro texto (ressonâncias, ecos, relações de oposição e/ou de semelhança, de conteúdo e/ou de estilo) - um texto e seus contextos.

Ler e produzir um texto significa ler e traduzir o que somos como indivíduo, na acepção particular e única de ser, e o que somos como indivíduo, no sentido do ser gregário, atávico, pertencente a um grupo social, a uma cultura, à humanidade.


Se entendermos linguagem como uma das máscaras do ser, também é correto afirmar que, por trás de todo texto, há um sujeito que se esconde, mesmo quando julga que está se expondo; cabe ao leitor, crítico, entender as razões pelas quais esse sujeito se declara ou se mascara. Ouça, AQUI, como Clarice Lispector trata essa questão.

  
PROPOSTA 
DATA DA POSTAGEM  10/06/2013

1- Crie uma história na qual as personagens assumam uma postura “declarada” frente à vida, ou seja, assumam suas idiossincrasias, suas dúvidas, seus fracassos, suas alegrias, enfim seu jeito de ser.

Ou pode optar pela proposta nº. 2

2- Crie uma história na qual as personagens assumam uma postura “mascarada” frente à vida, ou seja, escondam suas idiossincrasias, suas dúvidas, seus fracassos, suas alegrias, enfim seu jeito de ser.


domingo, 21 de abril de 2013

Caminhadas...

Vamos?
Sim!
A caminhada...
A conversa;
O sol de outono no rosto;
O descanso;
Voltemos...
O por-do-sol;
Nova conversa;
O cansaço;
Chegamos!

Carina.

terça-feira, 26 de março de 2013

POESIA CONCRETA



Há quem discorde do Gullar nesta questão. Divergências à parte e grosso modo... 

Há um tipo de poesia concreta que procura sugerir através da representação gráfica das palavras o significado.

Poesia concreta ou concretismo procura mostrar visualmente a ideia do poema.

Observe:

mar azul

mar azul      marco azul

mar azul      marco azul      barco azul
mar azul      marco azul      barco azul      arco azul
mar azul      marco azul      barco azul      arco azul      ar azul

Ferreira Gullar, Toda Poesia,


DATA DA POSTAGEM 20-04-2013

PROPOSTA

CRIE UM POEMA CONCRETO


segunda-feira, 11 de março de 2013

Convite

Grupo Trança de Teatro
Texto Sueli Aduan
Direção Rosana Kali


segunda-feira, 4 de março de 2013

Conversas...




Flores, cores, amores....
Amigos! antigos e genuínos, talvez alguns inimigos...
Sons! mas apenas dos bons!
Tudo isso vem, e me sussurra na noite escura
Estórias para boi dormir?
Ou rir?
A noite me lembra o que vivi, o que ri, o que chorei
Diz o que serei
E onde errei...
Conta-me suas dores, seus prazeres
Fala-me dos seres que nela habita,
E que mesmo ela evita
Descreve-me lugares maravilhosos;
Castelos suntuosos;
Enfim... a noite e eu conversamos;
E no coro de vozes algozes dizendo "não"!
Ela me diz "vá"!
E, lá vou eu...já!

Carina.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Processo Criativo




Qual seu processo criativo? Como se dá a elaboração de seu(s) texto(s) seja (ele) em prosa ou em poesia. Do nascimento de uma ideia, da chamada “inspiração” (com tudo o que a palavra implica) à efetivação da obra propriamente dita, que caminhos percorre? Prefere silêncio? Ou musica ou um olhar pela janela do escritório, do carro, do metrô. Talvez nada... E o texto chegue inesperadamente feito chuva em noites de tempestade.


Conte-nos.


DATA DA POSTAGEM 04/03/2013



"A palavra dos homens é o material mais duradouro. Se um poeta deu corpo à sua sensação passageira com as palavras mais apropriadas, aquela sensação vive através de séculos nessas palavras e é despertada novamente em cada leitor receptivo."

A arte de escrever
Schopenhauer



domingo, 27 de janeiro de 2013

A bela Aramis

Pense numa mulher linda, destas que são folheadas em revistas para o publico masculino após passar por programa de melhorias de fotos. Assim era Aramis, mulher de formas suaves e equilibradas. Mulher de parar o trânsito ao deslizar pelas ruas da cidade. Uma beleza natural cor de Jambo maduro, beleza e perfume, que inspirava tentadores desejos. Nada vinha de recursos das habilidades de um Ivo Pitangui. Suas curvas de sincronismos por todo corpo, como nos famosos traços curvos inspiradores de uma obra do Niemayer. Era a musa de escritores e pintores, a se inspirarem em belas telas e versos sensuais, na eloquência dos grandes oradores.

O rosto de Aramis carregava uma ternura incomparável, seus olhos enegrecidos tinham o brilho da Estrela Dalva nas noites de cidadezinha do interior. Olhar seus olhos lembrava a jabuticaba madura com seu brilho polido. A boca milimetricamente desenhada de lábios finos, lisos que ela sempre trazia sob uma camada fina de um batom vermelho.

Quando sorria os lábios se abriam suavemente como em câmera lenta e cobria-se de encanto ao mostrar a brancura de seus dentes, alinhados e nivelados como numa arte da edificação por mãos de especialistas. Havia sim uma leveza naquele sorriso.

Seus cabelos negros e sedosos debruçados sobre os ombros desnudos criavam uma sensação tentadora de toque com movimentos de balanços sincronizados como as ondas naquele sobe e desce suave de um mar calmo. Aramis era o símbolo do desejo de amar, que nesta cidade viveu para atormentar as mentes masculinas e matar de inveja todas as mulheres da cidade.

Toninho.
26/01/2013.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Sole...

Quando aquela menina nasceu, logo os pais perceberam que seria um ser único...e que isso seria solitário, então lhe deram o nome de Soledad... solidão.
Sole cresceu, cabelos vermelhos, pele rosada, leves sardas no rosto bem cuidado, um verdadeiro por-do sol...
Os cabelos pareciam aquele alaranjado que vemos quando o astro rei se põe, imponente, forte, o rosado da pele aparecia aquelas manchas que ficam no céu, nos dizendo que a noite será fresca e perfeita, já as sardas...pequenos raios de luz, por detrás das montanhas, anunciando que ali há segredos para poucos descobrirem!
Assim era Sole, como era chamada pela família, única, sozinha...
Até que apareceu Vinícios, que era a noite viva...cabelos e olhos negros, ar soturno, mas de um coração enorme, também único, cheio de mistérios, como a noite...
Uniram-se e desse por-do-sol unido com a noite resultou, Lúcia, o dia claro e feliz, com seus cabelos louros e pele alva...olhos cor do céu, sorriso aberto, enfim, um dia de primavera, a noite havia finalmente transformado-se em dia, feliz, claro e cheio de esperanças...a solidão e a noite terminaram e a luz venceu!

Carina.

sábado, 12 de janeiro de 2013

O ATO DE ESCREVER

Elaborar um texto descritivo é, como você sabe, apresentar um ser, um   objeto,   um recorte da realidade a partir de um determinado ponto de vista, ou seja, o objeto da descrição deve ser observado a partir de uma determinada posição física. O ponto de vista é fundamental para a organização do texto descritivo, já que as diversas partes do objeto devem ser expostas e relacionadas a fim de formar um  conjunto   que o leitor seja capaz de entender. Mas apenas a descrição   técnica  busca uma   objetividade   absoluta —e, mesmo nesse caso, é  praticamente  impossível  anular totalmente a  interferência   do produtor do texto.  Portanto,  use  e “abuse” da “sua poesia”  do “seu estilo pessoal” , da sua habilidade linguística.

Quintana, Mário. A preguiça como método de trabalho. Rio de Janeiro, Globo, 1987.p.93-4.

O retrato de Eurídice
Não sei por que há de a gente desenhar objetivamente as coisas: o galho daquela árvore exatamente na sua inclinação de 47 graus, o casaco daquele homem justamente com as ruguinhas que no momento apresenta, e o próprio retratado com todos os seus pés-de-galinha minuciosamente contadinhos... Para isso já existe a fotografia, com a qual jamais poderemos competir em matéria de objetividade.Se tivesse o dom da pintura, eu seria um pintor lírico. Quero dizer, o modelo serviria tão só de ponto de partida. E se me dispusesse a pintar Eurídice, talvez viesse a surgir na tela um hastil, o arco tendido da lua, um antílope, uma flâmula ao vento, ou uma forma abstrata qualquer, injustificável a não ser pelo seu harmonioso ímpeto e, câmara lenta, pela graça da linha curva em movimento, porque Eurídice afinal é tudo isso... É tudo isso e outras coisas que só os anjos e os demônios saberão.


A proposta descritiva de Mário Quintana nos proporciona possibilidades sensoriais e imaginativas muito grandes. Observe que o poeta se propõe a utilizar imagens que não têm nenhuma relação direta com o objeto retratado, criando um processo de grande intensidade poética.


DATA DA POSTAGEM- 28/01/2013

PROPOSTAS

Com base no mesmo procedimento da proposta descritiva de Mário Quintana, que imagens você utilizaria para descrever:
   
1-Uma mulher de formas suaves e equilibradas.
Ou pode optar
2-Um homem de estrutura física bem proporcionada.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Mindim_Feliz Ano Novo

















Feliz Ano Novo.

Feliz
Ano
Novo

Pleno
De paz
De Luz

Que
Venha
O Novo

Onde
Cada
Sonho,

Com
Toda
Força,

Seja
Sempre
Real.

Toninho.

Meu desejo aos participantes deste belo espaço sejam escritores e ou leitores.
Em especial a voce Sueli, que abriu o espaço para todos nós.
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Estrutura de texto de nome Mindim( tres versos com palavras de no maximo duas silabas a coleção deles chamamos de  Cadeia de Mindins) criado pela poetisa Luna Di Primo.