sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Recesso :o)

A leitora- Espanha (2005)
Carmen Varela


ABRAÇOS MEUS QUERIDOS

ATÉ

16/01/2012

sábado, 24 de dezembro de 2011

"Para isso ...lembrar e ser lembrados




Alegria e coragem sempre ,sempre, sempre.
Abraços a todos:  amigos, leitores, escritores
(aqui carinhosamente chamados de escrevinhadores)
gratíssima
sueliaduan


Escrevo para não enloquecer definitvamente,

e por acreditar que técnica e exercícios saõ fundamentais para o nosso aprimoramento na arte da escrita



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A lua me contou...

Noite quente...sentia a maciez da areia sob meus pés, ouvia o barulho do mar, mas estava sozinha.
Foi quando olhei para o brilho da lua e então começamos a conversar...trocamos confidências, rimos, choramos, enfim, aproveitamos a noite!
Ficamos alí na praia, sentido o cheiro salgado que o mar nos enviara para perfumar a conversa e criar um clima mais agradável, o que muito lhe agradecemos.
Todos os problemas foram gradativamente diminuindo, toda a sabedoria da minha amiga me levou a pensar que tudo o que realmente importava era simples, que eu precisava de tão pouco para ser feliz e tranquila, e essa leveza toda me fez voar!
Voei pela noite no mar, depois quis mergulhar em seus domínios sem pedir licença e senti seu frio, seu poder. Subi e voltei para a noite iluminada que minha amiga me proporcionava.
Estava tão leve e satisfeita de ter confidenciado meus mais íntimos segredos a alguém que podia confiar plenamente...
Acordei desse sonho, a experiência de sensações, toda a sinestesia me fez mais atenta aos meus sentidos, e hoje tudo tem uma nova textura, cheiro, cor...aprendi a ver o mundo através dos olhos da lua.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"Entre o meu e o seu olhar uma ponte de estrelas"


Então olhava para mim. Erguia um pouco o olhar com um jeito de quem procurava alguma coisa. Não sei bem definir o que era. Era só uma vaga sensação mesmo e que perdura até hoje. Nossos olhares encontravam-se e o silêncio reinava soberano. Não nos falávamos mais por dias, semanas, meses. Não que antes houvesse uma conversa acirrada. Nunca. Mas ríamos muito juntos, nos entendíamos perfeitamente. Por isso, então, esse olhar exerceu tanto poder sobre mim. Uma mistura de admiração alegria e infinito amor. Quando criança ficava horas olhando para esses mesmos olhos, e na minha inocência de menino pensava que era um pedacinho do mar.

Os olhos do meu pai são azuis da cor do mar, eu dizia feliz. O mar é verde retrucava Beatriz. Bravo eu gritava, na rua, na escola para todos os amigos:
- Azul, azul, azul e azul. Ria muito

Homem calado pai dizia tudo só com o olhar, janela da alma como disse um grande pintor uma vez. Eu só vim saber disso anos depois em minhas noites de leituras e insônia, mas sempre suspeitei. Gostava de olhar longe o campo, o milharal. Enxergar pai lá longe calmo, sereno. Uma imagem que guardo até hoje. Ele e a semente uma coisa só. Os dois plantados. Vivos para sempre. Seu olhar sobre mim, seu silêncio, meu crescimento. Brilho de estrelas

domingo, 4 de dezembro de 2011

"Um modo particular de ver o mundo"

M.C. Escher
(1898-1972)

Nossa falível percepção

Mesmo com um único olho você pode perceber profundidade. A experiência da vida em noso meio ambiente, com nosso deslocamento frequente de um lugar para outro, faz-nos perceber vivermos em três dimensões. Mas há muitas outras "pistas" para que decodifiquemos o mundo, como  a perspectiva. As coisas mais afastadas nos parecem menores, um princípio simples, mas que foi usado nas artes visuais a partir do século XIV.

Às vezes, porém, enganamo-nos em nossa percepçao, tentando, por exemplo, converter para três dimensões coisas que são planas, bidimensionais. Na gravura acima, a água parece subir pelo aqueduto. Apesar da colocação ilógica das colunas, a ilusão óptica nos dá uma irresistível impressão de profundidade, no caso, totalmente falsa. As sombras ajudam a criar a ilusão, transmitindo a idéia de solidez e profundidade reais.

A conclusão inevitável é a de que o mundo não é exatamente o que vemos, mas o que "lemos". Interpretamo -lo a partir dos nossos (pobres) cinco sentidos, que a todo momento podem nos pregar muitas peças. A todo momento podermos ter enganos ( alguns muito sérios) perceptivos. Julgamos ver uma coisa e vemos outra, pensamos ter ouvido alguém e não era nada, batemos no ombro de uma pessoa achando ser um amigo e quando ela se vira...

Nosso cérebro não tem condições de julgar com exatidão se sonhamos uma coisa, se ouvimos, se realmente vivemos aquilo. Enfim, somos animais extremamente falívies em matéria de percepção. Muitos animais, incluindo aí aves e insetos, são muito melhores que nós neste exercício, mas conseguimos ,pelo  uso da nossa inteligência e razão, compensar as nossas graves deficiências sensoriais.


 PROPOSTA

DATA DA POSTAGEM 19/12/2011

Construir uma descrição subjetiva, em no máximo 20 linhas, usando figuras que você conheça, tais como comparações, metáforas, aliterações, assonâncias, sinestesias.

Títulos "sugeridos"
Entre o meu e o seu olhar uma ponte de estrelas.
Cuidado, o luar está filmando!
O sol no olho da lua.