“O homem constrói casas porque está vivo, mas escreve livros porque se sabe mortal. Ele vive em grupo porque é gregário, mas lê porque se sabe só. Esta leitura é para ele uma companhia que não ocupa o lugar de qualquer outra, mas nenhuma outra companhia saberia substituir. Ela não oferece qualquer explicação definitiva sobre seu destino, mas tece uma trama cerrada de conivências entre a vida e ele. Infinitas e secretas conivências que falam da paradoxal felicidade de viver,enquanto elas mesmas deixam claro o trágico absurdo da vida. De tal forma que nossas razões para ler são tão estranhas quanto nossas razões para viver. E a ninguém é dado o poder para pedir contas dessa intimidade.”
Daniel Pennac
CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO DE TEXTO NARRATIVO
Em um texto no qual discute o processo de composição de seus contos Edgar Allan Poe destaca a importância, de antes de escrevê-los, determinar qual seria o fim pretendido para cada um deles. Poe via a escrita, de certa forma, como a execução de um planejamento previamente estabelecido e não concebia a possibilidade de dar início a um texto sem que soubesse como desejava concluí-lo. Era como se, a cada novo conto que pretendesse escrever, o autor procurasse, primeiramente, construir um projeto de texto.
Podemos, no caso da produção de textos narrativos, estabelecer alguns procedimentos que nos auxiliem a construir um projeto de texto que dê unidade ao trabalho como diferentes elementos narrativos e permita, ao mesmo tempo assegurarmos verossimilhança à história que pretendemos contar.
"Os campos de Honra"
Jean Rouaud.
FRAGMENTO:
O fragmento citado abaixo é parte da história de uma família contada por um narrador que “vasculha a memória”, buscando encontrar um sentido para a existência e decifrar um enigma cuja chave pode simplesmente estar guardada numa caixa escondida no sótão.
“Na volta do cemitério, vovô subiu uma última vez ao sótão, só o tempo de tirar uma caixa de sapatos que, ao descer, entregou a mamãe com algumas palavras de explicação. Dentro havia fotografias, cartões-postais, cartas, um broche e dois cadernos. A letra do mais estragado deles, caprichada no começo ia piorando à medida que se viravam as páginas, até ficar no fim quase ilegível, algumas notas arremessadas que se diluíam no branco das últimas folhas virgens”
DATA DA POSTAGEM 26/09/2011
PROPOSTA
Imagine-se no papel do escritor e relate um dos episódios significativos da história dessa família. Sua narrativa deverá ser em 1ª pessoa, o episódio narrado deverá estar centrado em pelo menos um dos objetos guardados na caixa de sapatos (fotografias, cartões-postais, carta, um broche, dois cadernos).
De memórias e sótão, :o) O prazer da leitura e da escrita.
ResponderExcluirEspero que gostem!
abraços meus queridos.
E eu que menino,sempre tinha uma desconfiança do sótão,pois pensava, que lá moravam meus medos,rsrs.
ResponderExcluirAcho que é bom exercicio minha amiga.
Vou tentar ajustar tempo e memoria,rsrs.
Um terno abraço de paz e luz.
Bju.
Eu também tinha uma grande desconfiança, mas cheguei a morar em um (com medo e tudo rs.)
ResponderExcluirQue bom que gostou meu amigo.
terno abraço de paz e luz.
Meu lindo!
ResponderExcluirmuito bom ter dividido minha alegria contigo,e ter te feito meu amigo foi tudo de bom...
Seu texto sempre magestoso,gosto de ler e tenho medo sim ,kkkkkkkkkk
bjssssssssss
Muy linda la foto!! Me encanta! me hace tambien recordar muchos momentos vividos. Gracias Muchas bendiciones un placer conocerte y seguirte.
ResponderExcluircuca pra funcionar
ResponderExcluirE quer coisa melhor do que a "cuca" pensando em literatura, Lailin :o)
ResponderExcluirRecordar é maravilhoso, Jackie.
ResponderExcluirgrata.
bjus