segunda-feira, 8 de março de 2010

Sorte ou azar?

-- Bom dia. Sua passagem por favor. Disse ao 1° da fila.
Essa educação formal o deixou ainda mais revoltado. Potencializava o desterro de mais uma cidade que lhe expurgava como um verme.
Onde quer que ele fosse, a maldita lembrança do seu crime disparava e atingia a memória da cidade precedente, revelando o antecedente pelo qual pagou 13 anos numa penitenciária paulista. Lembrou e começou a chorar e soluçar angustiado. Compreendeu o que ouviu certa vez no corredor do tribunal: fazer justiça não é aplicar pena, é reconciliar as partes.
-- Ai meu Deus! O ônibus capotou. Só sobreviveu um...

5 comentários:

  1. Bacana, texto bem interessante... Bem vindo ao clube... BJS

    ResponderExcluir
  2. Ô,meu querido,Evandro é uma honra tê-lo aqui. Sou grande admiradora de seu()trabalho(s),espero que aprecie as propostas dessa Oficina,agora,on-line rsrs .
    Bjus
    Interessante mesmo teu escrito. Não poderia ser diferente quanto ao questionamento, "cutucadas", e das boas: "fazer justiça não é aplicar pena, é reconciliar as partes."
    E de quebra esse final.

    ResponderExcluir
  3. Imagina Sú! Eu que agradeço o convite. Achei um exercício e um gênero muito, mas muito interessante e lapidador, esse tal de miniconto... KKK... Tanto que já me decidi a cultivá-lo pelo resto de minha vida. Quero fazer muitos e melhorar sempre. Obrigado novamente e beijão!

    ResponderExcluir
  4. Uma dica é a leitura de:"Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século", organizada por Marcelino Freire.
    valeu,Evandro!
    obrigada

    ResponderExcluir