Lá estava ele em frente ao prédio, do outro lado da rua, pensando se deveria atravessá-la...
Tantos anos haviam se passado, tantas coisas ocorreram, todos estavam diferentes, ele imaginava, mas será que mereceria o perdão deles?
Tinha consciência do quanto seus atos afetaram aquelas pessoas, queridas demais, próximas demais.
Nem sentia-se merecedor de estar alí, tão perto, mas a saudade e o amor por eles falou mais alto, tinha que vê-los, saber deles...
Não...vou-me embora, nem sabem que estou aqui, que já saí daquele lugar horrível, pedi que não avisassem, vou-me para outro lugar, esquecer essas pessoas, não posso mais dar-lhes dor e sofrimento, já fiz o bastante.
Porém, assim como faltava-lhe coragem para ficar, faltava-lhe para ir, queria uma chance de perdão, de mostrar que aprendera sua lição, que tudo ficou no passado e futuro seria bem melhor.
Compreendeu que não conseguiria seguir em frente se não tivesse com aquelas pessoas, precisava dessa paz, de tê-los visto, saber suas reações, mesmo que não fosse como ele gostaria.
Muniu-se de todas as suas forças, finalmente atravessou a rua, chegou ao prédio, tocou levemente o botão correspondente ao apartamento e a campainha, lá em cima brandiu...
Carina.
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...Tinha consciência do quanto seus atos afetaram aquelas pessoas,...
ResponderExcluirSempre oportuno refletir nossos atos. Belo texto, Carina.
grata querida amiga.
Obrigada Sueli!!
ExcluirAcredita-se, que sempre pode voltar e recomeçar, mas as vezes é muito dificil. Bela inspiração amiga e atravessou bem a rua.
ResponderExcluirMeu terno abraço Carina.
Bom sempre ter voce aqui com sua fiel participação.
Obrigada Toninho!!!
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