Priscila é formada na área
da Ciência da Computação numa renomada universidade de São Paulo. Ela
participou de um concurso altamente concorrido de uma multinacional. Ela havia
estudado intensamente relegando a segundos planos todos seus momentos de lazer
inclusive o namorado às vezes não comparecia à sua casa. Quando saiu o
resultado, divulgado na maioria dos jornais país, ela foi avisada via celular, pelo
noivo em euforia, pois fora classificada em primeiro lugar. Em casa uma festa geral
entre abraços e beijos e até uma garrafa de Champanhe foi aberta para aquele
momento de muita alegria.
No dia seguinte ela
compareceu ao escritório da empresa para os procedimentos de admissão. Recebida
com muitos parabéns e desejos de sucessos, ela fora informada, que os primeiros
colocados em numero de cinco, seriam admitidos para a nova sede nos Emirados Árabes
Unidos, onde iniciaria o processo de expansão na península. Priscila sente um
frio na costela e o chão se abrir a sua frente, pois lhe veio lembranças da
alegria do noivo e família, mas disfarçou e ouviu atentamente a palestra de um
dos diretores, sobre os planos e missão da empresa nesta investida naquela
península.
Ao retornar para sua casa
encontra toda família reunida e curiosa, inclusive seu noivo estava presente,
vindo do seu trabalho. Em breves relatos ela fala da recepção, mas nota-se uma
inquietação em seu semblante, quando ela se retira para seu quarto alegando que
tomaria um banho antes da refeição especial para aquela noite regada a vinhos. Ao
entrar no quarto se joga na cama e chora copiosamente e busca forças, para
informar a família e namorado de seu destino na empresa. Vai para o banho e
deixa que a água lave suas angustias e ali fica uma eternidade, sente todas as
angustias de uma tomada de decisão.
De volta ao quarto mira-se
no espelho e ali ficou como assistir um filme em câmera lenta, onde reprisa toda
a alegria da família e noivo, ao tempo que ecoa em seus ouvidos a informação do
local do trabalho, sente um vazio, pensa no que fazer como fazer para decidir
na manha seguinte se inicia os exames adicionais ou desiste de tudo em nome da
família e do amor. Desesperada questiona ao espelho e sem respostas vê a
lagrima voltar a rolar pela face, sente-se só, quando alguém bate na porta lhe
apressando para retornar à sala onde todos esperam. Mais uma vez olha no
espelho, dá um toque nos cabelos, retoca a maquiagem, respira fundo com um leve
sorriso para o espelho e decididamente abre a porta.
Toninho.
26/06/2012.
bárbaro... bjuuu de lindo dia
ResponderExcluirGrato Luna incentivo vindo de voce é sempre uma benção.
ExcluirAbraços.
Beijo.
Olá Toninho!
ResponderExcluirComo sempre seus contos são uma viagem!
Carina.
Grato Carina,voce sempre presente a estimular.Aguardamos voce.
ExcluirMeu carinhoso abraço.
"...mira-se no espelho e ali ficou como assistir um filme em câmera lenta...,".
ResponderExcluirBelíssimo conto,Toninhobira.
E a Carina foi muito feliz no comentário:Uma viagem,como sempre.
E poética,questionadora,instigante.
Sabe aquela leitura que quando acabamos dá vontade de ler novamente e novamente..
Foi o que fiz.
grataaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.
bjus
Muito obrigado Sueli,muito ainda por caminhar,falta-me sintese.
ExcluirMas como voce vou aprendendo sempre.
CArinhoso abraço amiga.
Bjo.
O que fazer...
ResponderExcluir:)
toninho,
ResponderExcluirTudo o que tu escreves é bem feito e bonito de ler.Este conto é uma delícia!
Bom final de semana.
Abração.
Concordo com o Tunin, Toninhobira.
ResponderExcluirE síntese também é uma "maneira" interessante.
bjus
Aprendemos todos juntos..como diria o grande. Paulo
bjus Freire